Montejunto

Já aqui escrevi que não nasci para a bicicleta, talvez porque enquanto era pequeno nunca tive uma como companheira de brincadeira. A verdade é que quando vou sozinho a pedalar, as sensações até nem são más, não há impactos nas articulações, aprecia-se a paisagem… mas no domingo aprendi a gostar um pouco mais, a bicicleta pode ser uma boa forma de vencer desafios… !),
foi assim quando no domingo saí para dar uma volta, cansado e com um vento incómodo, fui pedalando sem grande vontade e dizendo a mim próprio que tinha de ir acumulando kilometros, até que disse para mim próprio que ia espreitar o caminho para o Montejunto, deixando para outro dia a famosa subida ao cume, só que de repente dei por mim a desafiar a montanha, ou melhor a mim próprio e foi assim que decidi que desse por onde desse havia de subir o raio do monte e foi realmente uma sensação boa, sofrer uns quantos kilometros subindo a 7-8km/h (se fosse a correr ia mais rápido) e conseguir chegar lá acima.
Para baixo, outra surpresa a adrenalina, com o vento que fazia se não fosse sempre a travar o mais provável era não chegar cá abaixo inteiro (é impressionante como mais de 100kg – eu e a bicicleta – podem ser tão frágeis a partir de certa velocidade!), no final acabei por fazer o melhor treino de sempre em bicicleta quanto a volume (91km) como de força (física e anímica).