Boas,
Aqui vem o resumo da semana atlética anterior… pouca coisa, mas com uma maratona a acabar!
A semana começou fria em Vilamoura e como no sábado (a recuperar de um treino de séries na Kiss de Albufeira até às 5 da manhã) e no domingo (retorno ao Algarve para uma semanita de estágio) a 2ª feira começou com o treino longo (65´cc), na 3ª feira 30´cc + contractura no gémeo esquerdo e a semana ficou feita com banhos de imersão e Compex (descontracturante + massagem regenadora). No sábado, fiz 10´cc para ver se a coisa tinha melhorado… e fiquei na expectativa!
No domingo, lá fomos eu e o Mouse de viagem até Lisboa (no Marquês apanhá-mos o Pedro), estaciona-mos no parque da C. M. de Lisboa e fizemos o aquecimento aí dentro (estava mais quentinho!). Já na Praça do Comércio, encontro o meu amigo Marco Gonçalves, companheiro de corridas há mais de 15 anos em terras albicastrenses (já não o via aí há uns 8-9 anos, mas continua com pinta de maratonista).
Quanto à corrida não há muito a dizer, um percurso plano (menos bonito que o do Porto), bom para bater recordes, um dia espectacular (tempo fresco, com algum vento, que tanto prejudicou como favoreceu e três aguaceiros bem distribuídos no tempo, que ajudaram a arrefecer a máquina. Comecei como tinha planeado a 5´/Km e a ver no que é que dava… fui sentindo sempre uma moínha no gémeo, mas não impeditiva (a vantagem de passar 2 vezes no local de partida/chegada antes de acabar levou-me a arriscar). Aos 7-8 Km passei por um grupo onde “disfarçado” de triatleta ia um senhor que me pareceu ser, um dos heróis do tempo em que eu corria mais a sério, depois de meter conversa e confirmar a sua identidade: Mário Sousa (vencedor desta Maratona em 1991) “colei-me” ao grupo que ia certinho nos 4´50´´- 5´/Km e lá fui deixando passar os Kms (agora que penso nisso, nem pedi autorização, mas acho que não levaram a mal, espero…). Desta vez experimentei, algo de novo, à hora e meia de corrida, tomei um gel e um anti-inflamatório (ibuprofeno 600mg) de maneira a evitar as dores musculares que sempre me aparecem depois das duas horas de corrida (sempre são 93kg espalhados por 181cm, mas com apenas dois joelhos e dois tornozelos!).
Aos 34kms, tive de deixar ir o
Paulo Santos e Mário Sousa (o outro pessoal de Peniche tinha entretanto ficado para trás, mas acabaram todos bem, +/-…), mas a essa a altura já tinha ao meu serviço um rebocador de luxo –
o ReRun Sebastian – que me fez companhia até ao Km 40 ( preciosa ajuda no retorno a atar-me o sapato e permitir que bebe-se meia garrafa de água – mais uma vez vi a diferença que há para melhor, em hidratarmo-nos sem estar a correr – que me deu novo alento). Daí até ao fim foi sempre a sprintar para ver se ainda acabava abaixo das 3h 30´ (era quase impossível, fiquei-me pelas 3h31´34´´), acabando cansado, mas “inteiro”, com boas sensações e estranho… com vontade de fazer outra rapidamente (com isto ainda vou fazer uma perninha a
Sevilha!).
Para terminar, felicitar o meu amigo Pedro Carvalho, que com apenas uns meses de corridas (3-4 vezes por semana) concluiu a sua primeira prova de atletismo (e logo uma maratona… e abaixo das 4h!) demonstrando grande margem de progressão, já agora agradeço também ao seu pai o apoio dado ao longo da prova. O meu companheiro de treinos no CAR de Vale Moinhos também está de parabéns, uma vez que completamente fora de forma, quando o mais normal era nem conseguir acabar uma milha, conseguiu chegar ao fim, usando da sua experiência de ultra maratonista e ganhar a alcunha de “3-11”( ainda hoje nas duas horas de bicleta que fizemos para recuperar da maratona, sempre que o Raposo ou o Cunha punham o ritmo acima dos 35 Km/h, o homem coitado "ficava-se"... :)). Parabéns também ao Marco Gonçalves e ao Sandokan (que vi de fugida já no retorno para a meta).
Por último, uma palavra para os “amigos de Peniche”, que me “levaram” grande parte da prova. Foi um privilégio correr tantos Kms ao lado de um campeão nacional da maratona (1991).