sábado, 9 de janeiro de 2010

O que o futebol pode aprender com o golfe.

Interessante, o artigo de José Carlos Rodrigues, onde acerca da verdade desportiva, dá o golfe como um exemplo, onde para além de o jogador ser o primeiro árbitro de si próprio, os espectadores também podem intervir na dita verdade desportiva. Para isso dá o exemplo do que se passou nos campo dos Oitavos Dunes (Quinta da Marinha), no Open de Portugal de há dois anos:

“Aconteceu no buraco 8, um par 5 de fairway irregular, durante o primeiro dia do torneio. Ele jogou a sua primeira tacada sobre o lado direito do percurso, tendo ficado numa zona de relva alta, com um pequeno arbusto a tapar a trajectória da bola… O jogador, num movimento quase imperceptível, ao colocar-se para jogar a bola, desviou-se 5 cm com a ponta do taco…

…Ao terminar os 18 buracos, o jogador entregou o cartão de jogo onde apresentava 5 tacadas no buraco 8, quando devia ter acrescentado a tacada suplementar, resultante do desvio de bola intencional. Foi chamado à comissão técnica que lhe perguntou se aquele resultado estava correcto. Ele nem pestanejou. Levantou-se e saiu sem discutir, pois percebeu de imediato que estava desclassificado.

Nenhum árbitro, nenhum jogador, nenhum espectador presenciou esta violação das regras do jogo. Mas ela foi vista por um telespectador em Inglaterra que seguia a transmissão em directo. O tal jogador, afinal estava a ser captado por uma câmara situada a 600m de distância. Esse espectador telefonou para a comissão técnica para informar o que se tinha passado.

O que é isto poderá ter de idêntico com o golo marcado com a mão, seja por Maradona, seja por Thierry Henry? Toda a gente viu mas, apesar de ser irregular, o golo foi validado e ninguém foi punido.”


In Oje (07/01/10)


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