Depois de maratonas, triatlos longos e fadigas do género, este fim de semana voltei a correr no tartan (a última vez tinha sido no século passado). E foi um fim de semana glorioso… experimentando as sensações da pista coberta e sentindo a essência do atletismo nas performances dos veteranos deste país.
Mais do que resumir as provas, só quero dizer que foram dois dias de superação, pois os tempos obtidos nas duas corridas, são muito superiores ao esperado, tendo em conta os meus últimos treinos, apesar de normalmente responder bem à pressão da competição, desta vez o facto de poder contribuir para a equipa do glorioso, fez com que o sofrimento fosse mais atenuado, pois para além de não querer ser último, queria também pontuar para a equipa, algo que consegui, creio, nas três provas que disputei (ainda não sei quantos dos atletas que ficaram à minha frente, não contavam para o campeonato), a saber 1500m, lançamento do peso e 3000m, a primeira no sábado, as outras duas hoje de manhã.
Se nas corridas, foi o que eu esperava, partir, encontrar o ritmo possível e sofrer até à meta, no peso a coisa foi totalmente diferente. Em primeiro lugar é bom encontrar uma disciplina onde eu não me sinta, o “mais pesado”, depois o ambiente estava espectacular, dos 35 aos 70 anos, estava tudo reunido numa zona específica, desde a atletas consagrados a outros menos conhecidos, pelo menos para mim… É engraçado ver a concentração, as dicas, os “mind games” que vão acontecendo entre cada lançamento. Por último apercebi-me de uma coisa, tal como o golfe, o lançamento do peso é uma disciplina que permite uma comparação entre todos, não há um handicap, mas à medida que se vai envelhecendo, o peso da bola vai diminuindo, pelo que um lançamento de 10m para um M40, é o mesmo que um lançamento de 10m para um M65, para além disso pode ser feito sem grandes corridas, o que ajuda a partir de uma certa idade!... :-)
Por último, uma revelação… a vida às vezes dá-nos oportunidades e temos que agarrá-las. No meu caso, quando era jovem, apesar de ter vários colegas de clube que ingressaram nos grandes clubes de Lisboa (Benfica e Sporting), o meu irmão incluído, eu nunca tentei, porque para além de saber que não tinha grande futuro na modalidade, sempre achei que já era tarde para mim, tentar correr num clube destes, mas fica sempre cá dentro a curiosidade e o orgulho de poder vestir uma camisola destas. Não é que, mais de vinte anos depois, tive essa oportunidade (pelo menos para mim, representar o Benfica é representar o Benfica, nem que seja à bisca dos três!). O mesmo para o meu irmão, na quinta feira adoeceu, esteve com febre até sexta à noite, esteve para não ir a Espinho, mas foi determinado e apesar de ter abdicado dos 1500m no sábado, correu os 400m e hoje os 800m, alcançando dois quartos lugares e por último, um ano e 14kg depois de ter voltado a correr, sagrou-se campeão nacional de veteranos nos 4x200m!
Resumo da semana:
Segunda: 25´natação
Terça: 25´cc + 4 rectas
Quarta: 20´cc. + 8x200m +5´cc
Quinta:
Sexta: 20´cc. + 4 rectas
Sábado: 15´cc + 1500m (4´49´´)
Domingo: Lançamento do peso: 6,88m/7,26m/7,23m/6,77/ abdiquei dos dois últimos para ir para a partida dos 3000m (10´29´´). :-)
Ganhando posições nos 1500m...
Lançando o equivalente a uma "grade de médias"!
Solto e leve!... nos 3000m.
Estafeta vencedora dos 4x200m
Da direita para a esquerda: Pedro Feliciano, Ricardo Lemos, João Veríssimo e Nuno Sebastião (AKA My Brother!)
Rustman e Paulo Feliciano: "Lançadores... um mundo à parte!" :-)
Tróia-Sagres 2019
Há 5 anos
2 comentários:
Aí vai uma palavra de apreço por tanta dedicação ao glorioso. E tambem para ti caro amigo, já que ao Nuno eu já enviei as minhas felicitações, vai também os parabéns pela coragem em enfrentar desafios tão relevantes e audaciosos.
Um abraço.
Olá
Parabéns.Fico muito contente com os manos Sebastião. É para mim um orgulho treinar ao lado dos campeões.
Um abraço
Pedro
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